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O Ensino da Arte

A Arte e o Ensino da Arte


"(...) senhores, não é possível estar dentro da civilização e fora da arte." Rui Barbosa


O desenho

É bom, também, se ter informações sobre o passado da linguagem do desenho, conhecer as mudanças de interesses dos temas, devido as transformações da sociedade, sua visão de mundo e como estas influenciam o estudo do desenho.


"Todos os grandes mestres renascentistas e pós-renascentistas insistiam na importância do desenho para a formação do pintor. E, independentemente de suas palavras, seus quadros e esculturas estão aí para comprovar essa importância." Ferreira Gullar


Séc. XVI,XVII e XVIII - O NÚ
A produção artística destes períodos tinha a ver com este tema, por isso era essencial o nú no ensino do desenho.

No Brasil o ensino era oferecido pelos religiosos com as regras renascentistas.

Veja em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Escultura_do_Renascimento_Italiana


Mas o nú ainda é um tema que alguns artistas empregam em seus trabalhos.

Vejam a seguir dois vídeos, do Youtube, sobre aula atual de desenho de modelo vivo com nú artístico.





Séc. XIX - A NATUREZA
O desenho era essencial neste século, para se fazer uma pintura ou uma escultura. Por isso ele era obrigatório no ensino da arte, assim como a observação da natureza.

No Brasil, surge o ensino do desenho, a Escola de Belas Artes e a Escola de Artífices, por vontade de D.João VI. Eram importantes as lições neoclássicas dos mestres franceses e europeus e a influência da Missão Francesa que orientava estas escolas, com o objetivo de implantar o ensino das artes no país da maneira como era feito na Europa.

"A arte acadêmca, que os impressionistas puseram a pique, fundava-se na tradição renascentista do desenho." Ferreira Gullar

No Brasil houve medidas educacionais para que o país se tornasse moderno, como era na Europa e nos Estados Unidos. Joaquim de Vasconcelos e Rui Barbosa, entre outros, divulga suas ideias para a Reforma do ensino primário baseadas nas ideias estrangeiras, mas adaptadas à cultura brasileira. Rui Barbosa defendia o ensino do desenho e da arte aplicada, que era feita no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, para o qual deveriam vir contratados professores da Áustria ou da Inglaterra, a fim de fundarem a Escola Nacional de Arte Aplicada.

"Que agente é esse, capaz de operar no mundo sem a perda de uma gota de sangue, essas transformações incalculáveis, prosperar ou empobrecer os Estados, vestir ou despir os povos o manto da opulência comercial? O desenho senhores, unicamente, esta modesta e amavel disciplina, pacificadora, comunicativa e afetuosa entre todas, o desenho professado às crianças e aos adultos até a universidade, como base obrigatória da educação de todas as camadas sociais (...). Bem, ide vendo, senhores não é possível estar dentro da civilização e fora da arte." Rui Barbosa

Joaquim de Vasconcelos e Rui Barbosa criticavam o ensino do desenho linear geométrico das escolas brasileiras, porque não inovava a ciência do desenho, e porque o ensino artístico era feito com soletração do a, b, c, uma forma tão absurda quanto no ensino da lingua. E, também, porque paralisava a vista, fomentava a preguiça, a inércia e a incapacidade da criança ao entregar-lhe logo um compasso e uma régua, diziam eles.

Veja em:

http://www.dezenovinte.net/ensino+artístico/cadesenhoobjv.htm

Sec. XX - A Arte Moderna
Houve reinvindicações no ensino da arte, a arte infantil foi valorizada e o interesse pelo desenho aumentou no ensino profissional por causa da necessidade de mão de obra especializada para a indústria. Houve, então, aula de desenho geométrico, decorativo, de repetição e alternância, de estudo da luz e da sombra, sobre tema, de observação da figura humana, de flores e objetos. Era usado nesta época o método livre e o auto-expressivo, sem as regras dos períodos anteriores.

1929 - A Escola Brasileira de Arte, criada nesta época, em São Paulo, foi a primeira escola pública de arte para que as crianças pudessem continuar estudando arte. A professora Sebastiana levou doze anos para criá-la, segundo pesquisa da arte-educadora Ana Mae Barbosa, sobre o ensino da arte na América Latina.

"Theodore Braga (...) lutava pelo ensino que aprimorasse o desenho nas classes trabalhadoras. Na época copiavam os catálogos, o que ele era contra. Theodore aceitava o geometrismo, mas baseado na flora e na fauna brasilelra. Ele quer o pensar, o traçar e o exercitar o desenho." Ana Mae Barbosa

1948 - Criação das Escolinhas de Arte do Brasil. A primeira foi no Rio de Janeiro, criada por Augusto Rodrigues. Começava a institucionalização do ensino da arte, apesar de já haverem algumas experiências do ensino modernista na arte que eram aulas de desenho de observação, desenho decorativo e desenho gráfico, conforme diz Ana Mae Barbosa, pesquisadora da Arte Educação, em suas palestras e livros.

1950 - Música, Canto Orfeônico e Trabalhos Manuais são inseridos no ensino.

1960 - Surge a Escola Nova, que foi iniciada na Europa e EUA. Trata-se de escolas experimentais, com ênfase na expressão, na espontaneidade do aluno, influencidadas por John Dewey, Victor Lowenfeld, Herbert Read e no Brasil também por Augusto Rodrigues, criador da Escolinha de Arte do Brasil do Rio de Janeiro, cujo princípio era a "Educação Através da Arte", com o objetivo de que as crianças, por si só criativas, fossem menos competitivas, mais cooperativas, e sabendo que não estavam lá para serem artistas.

"Na Inglaterra, os arte-ducadores modernistas tiveram tremendo apoio de críticos de arte e dos artistas. Na América Latina os arte-educadores modernistas, em geral, sofreram muito por parte dos artistas, dos críticos e dos historiadores conservadores." Ana Mae Barbosa

A seguir um vídeo, do Youtube, sobre o desenho de Picasso



"Picasso nunca subestimou o papel do desenho na pintura. Tornou-se pelo contrário, o grande desenhista de nossa época." Ferreira Gullar

1970 - É implantada a educação artística nas escolas. É o período da Pedagogia Tecnicista, que ainda existe em algumas delas. O objetivo é saber construir, usar diferentes materiais e a expressão de espontaneidade sem muito conhecimento da arte.

1980 - O entendimento sobre a arte tornou-se outro. Surgiram várias linguagens, vários estilos e acabou,então, a preocupação com a pureza no ensino da arte, porém a prática não levou em conta a necessidade de ser significativa para o aluno. Repetiam-se conceitos e propostas antigas. A desconstrução passou a ser o método de se ensinar arte, sem a preocupação com o resultado ideológico.

Houve movimento de arte-educadores, luta pela obrigatoriedade de arte nas escolas e a ideia de uma Nova Lei de Diretrizes e Bases para novas experiências pedagógicas, pós-graduação na disciplina, novos conceitos, arte como sistema de conhecimento do mundo, do fazer artístico, apreciação de obras de arte, história da arte, interdisciplinaridade, a educação em arte servindo para transformar a sociedade. Não há, neste período, a importância no saber espontâneo, mas sim no que o aluno traz de fora da escola. O professor é um mediador levando-o aos conteúdos culturais universais e permanentemente realizados.

"Para desconstruir é preciso ter construído."

"Ser original é ser um mesmo, partir de um mesmo, criar sem copiar nem imitar nada nem ninguém."

1990 - O desenho com o lado direito do cérebro era praticado em escolas americanas. O objetivo deste método é descobrir os impulsos criativos e individuais dos alunos e muitos artistas o experimentaram. No entanto não houve muita mudança no ensino da arte no curso superior.

"Se fosse possível criar pór meio de regras, Ticiano e Veronese seriam comuns e vulgares."

No Brasil, a arte-educadora Ana Mae Barbosa procura levar a arte e a estética à população através da educação de qualidade, na qual a arte é fundamental para uma educação transformadora. Na sua teoria, Metodologia Triangular, há o interesse do fazer artístico, a análise de obras artísticas e a história da arte, ou seja, teoria e prática de educação artística de acordo com as condições e necessidades dos alunos a fim de dominarem o conhecimento básico da arte, sendo preciso, então, professores que saibam arte e saibam ser professores de arte.

Séc. XXI - ARTE PÓS-MODERNA
Agora, no ensino do desenho, a proposta é que esta linguagem revele pensamentos e as coisas vivenciadas, possibilitando assim a criação de outras linguagens, a partir da exploração de várias.

"Na passagem do modernismo para opós-modernismo __eu sou testemunha, porque sofri horrores__artistas modernistas considerados de vanguarda modernista rejeitavam a imagem na sala de aula para crianças e adolescentes. O modernismo (...) evitava qualquer contato com arte ou então inventava-se uma arte escolar, uma arte para fazer na escola, sem correspondência no mundo da arte." Ana Mae Barbosa

2000/2003 - Foram feitas nesta época, novas experiências na FAP, com práticas signficativas propostas por Lygia Clark e Hélio Oiticica, com trabalhos coletivos e experimentais, através dos sentidos e do corpo, para ampliar a percepção. Depois os resultados obtidos eram desenhados pelos alunos com o objetivo de pensar a própria prática. Fizeram também um blog com a produção, comentário e reflexão de cada um sobre as suas experiências sensoriais.


"Todas as percepções estimulam processos interiores no ser humano, vivificam ou perturbam parcialmente órgãos específicos e influenciam o nosso estado geral." Peter Kunz


A professora Rosa Iavelberg, uma das autoras dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) na área de arte, diz que há falta de prática de criação nas escolas, em diferentes linguagens e suas especificidades. Há prática em relação ao meio ambiente, à saúde, a datas comemorativas e à aprendizagem de outras disciplinas, mas sem ênfase nos conteúdos próprios da arte. Não há, inclusive, adoção de livros devido à desvalorização da área, avaliação dos projetos desenvolvidos nas escolas, como por exemplo a aprendizagem dos conteúdos da arte, pouca visita cultural e pouco estudo da arte brasileira e regionais. Ainda, segundo ela, é preciso a formação de mais professores de arte e para isso também a melhoria no reconhecimento da profissão. Na Lei de Diretrizes e Bases, agora passa a ser obrigatória no ensino da arte a ênfase nas expressões regionais para os estudantes das Escolas de Educação Básica, ou seja, os do ensino Infantil, Fundamental e Médio, a fim de que haja o desenvolvimento cultural daqueles que estudam.

"Saber desenhar é um modo de possuir a realidade, de poder inclusive inventar-lhe sucedâneos." Ferreira Gullar

A Importância da Arte Educação


"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunada meta da educação é criar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo a que elas se propõe." Jean Piaget

A Arte-Educação deve ter a mesma importância na escola que as demais disciplinas.
Na nossa época, a imagem faz parte do nosso dia-a-dia como nunca aconteceu antes. É preciso saber ler estas imagens, porque elas podem informar, formar mas também, ao contrário, desinformar e não formar.

"Com o conhecimento nossas dúvidas aumentam." Goethe

A seguir um vídeo do Youtube com a entrevista de um arte-educador.














A seguir um vídeo do Youtube sobre Arte Educação















Ver a Arte Através de Temas dos Alunos

A Arte pode ser vista através de temas

Através do "fazer" seus próprios desenhos, do "ver" e do "contextualizar" obras de arte, meus alunos puderam entender que a arte pode ser vista de vários modos, e que um deles é através do tema: retrato, paisagem, marinha, cena de interior, etc.


Os trabalhos de alunos, a seguir, foram feitos a partir das minhas propostas de desenho livre, desenho de memória, de desenho de criação, e também de desenho de observação que foram dadas em diferentes momentos, a fim de que experimentassem os diversos tipos desta linguagem. Em seguida, os trabalhos ficaram expostos para que os alunos pudessem observar e comentar os vários temas neles contidos. Perceberam, depois em gravuras, slides e fitas de vídeo que lhes apresentei, que também os artistas visuais exploram estes temas em suas obras figurativas, e que tudo lhes serve de pretexto para desenharem e pintarem.

"Qualquer pretexto gráfico é alvo de um campo de representações: bichos, plantas, carros, prédios, casas, sóis, árvores, gentes." (Edith Derdik)



Sem título - Carlos Henrique, aluno
grafites/papel
Desenho de Criação


Sem título - Jorge Henrique - aluno,8a. série
caneta hidrográfica e lápis de cor s/papel
Desenho de Criação



Nos dois trabalhos acima, verificamos que os desenhos apresentam características diferentes, embora se baseiem na figura humana e sejam inusitados. O primeiro mostra uma figura distorcida, assimétrica e não verossímel. O segundo também não tem preocupação em parecer um rosto real mas ao contrário da primeira na figura há traços que a tornam decorativa, e é simétrica embora existam alguns elementos assimétricos. Ambos os desenhos, portanto, são singulares.

"Uma pintura não tem que ser necessariamente idêntica ao mundo que vemos. Pode por exemplo, ser muito mais decorativa, como o próprio Matisse demonstrou num quadro como A sala vermelha (...). Toda a cena é completamente distinta em relação ao mundo que nos cerca__ a mesa elegantemente posta, a criada bem arrumada, etc. E por que haveria de ser igual? O delicioso jogo de motivos não é muito mais agradavel e, talvez, até mais apropriado para a decoração de uma superfície plana do que a mera reprodução do mundo natural?" (Susan Woodford)

Veja em:
http://twitpic.com/3t88l

É preciso, no entanto, que o professor possibilite a criação e a valorização do próprio traço do aluno, e mostre a ele que a linguagem visual é a que representa coisas, sentimentos, ideias,sensações, percepções, a visão de mundo do artista.

"O desenho vai da ação à representação na medida em que evoluiu de exercício sensório motor para a sua forma segundo jogo simbólico. O desenho entra na categoria de jogo simbólico ou imaginário quando permite à criança exprimir um pensamento individual. Com o passar do tempo, o ato de desenhar (...) passa a processar a percepção, emitindo conceitos. Ao acabar o desenho, geralmente, a criança para e olha o que fez: a ação registrada, a cena representada, a fantasia concretizada. O resultado também é importante para a criança." (Edith Derdyk)


O professor pode propor um desenho livre mas também pode sugerir que o aluno desenhe um passeio que goste de fazer, lugares onde goste de ir, que conhece há muito tempo ou visitou, alguém que conhece ou goste, uma obra de arte que admira, etc.

Tema: Gênero


"Festa do Arromba" - Fabiano, aluno
grafite s/papel
Desenho de Criação



Sem título - Valdeir - aluno 6a. série
grafite e lápis de cor s/papel
Desenho de Criação


Este tema mostra a vida do dia-a-dia das pessoas, o que fazem, o que gostam de fazer, onde vivem, etc.

Tema: Caricatura


Sem título - Alexandro - aluno, 8a. série
lápis de grafite, lápis de cor e caneta hidrográfica s/papel
Desenho de Criação



Sem título - Márcia - aluna, 6a. série
grafite s/papel
Desenho de Criação


A caricatura é um tipo de retrato, sem a preocupação com a verossimilhança,, mas acentuando traços característicos ou gestos da pessoa.
Tema: História em Quadrinho

Desenho de Contorno

Contorno e Sobreposição de Contorno

Linha de Contorno

Alinhar à esquerda
Quando se desenha uma figura separamos a forma do fundo com a linha de contorno.

A seguir desenho feito por um aluno meu com linha de contorno.


Sem título - Màrcio, aluno
grafite s/papel
Desenho de Memória 



Sobreposição de Contornos

Mas também podemos desenhar várias figuras sobrepondo as suas linhas de contorno.


A seguir desenho de um aluno meu sobrepondo linhas de contorno.
  

Sem título - Wallace, aluno
lápis de cor s/papel
Desenho de Criação

A seguir um vídeo, do Youtube, sobre a exposição de desenhos com Contornos e Sobreposição de Contornos, feitos por uma artista plástica.

Agora é só você desenhar figuras com linhas de contorno e com sobreposição de contornos.

Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.



Forma e Conteúdo

FORMA

A forma surge com a linha. Ela transmite signficados e direções, por isso é muito importante para a composição.

Ela depende da visão do artista, não depende de habilidadade técnica, pois é uma questão intelectual, intuição e idéia, emoção e razão, criatividade. A maneira
como o artista relaciona os elementos da linguagem, os elementos expressivos, ou seja, os elementos visuais, é que constrói a forma. A plasticidade, a força expressiva do trabalho depende dela.

Há várias definições para o termo forma:

"A forma é o próprio conteúdo da obra." (Henri Focillon)

"A forma não deve ser confundida com a figura exterior de um objeto, com o seu contorno. A forma não é alguma coisa de geométrico, que apareça idêntico a todo mundo. É uma qualidade que ultrapassa o conhecimento comum e intensifica a vida de um objeto de diversos modos e com ajuda da imaginação." (Berenson)

"É preciso dizer, não que o objeto tem uma forma, mas sim que ele é uma forma." (Paul Guilhaume)

"a beleza da arte, sendo a beleza da forma como está sendo dito, não o que está sendo ilustrado." (Adélia Prado)


Para Arhein nehum objeto se percebe como único e isolado, nós percebemos o que nos interessa.
Para Rigano nós percebemos o que nos satisfaz.
Para Merleau-Ponty a forma não é a figura do objeto mas o que o indivíduo forma com o objeto. O objeto estético não tem uma forma, ele é a forma.
Para Fechner as formas que chamam a atenção, se observa e se recorda são primeiramente as geométricas, depois as naturais e em seguida as extravagantes, da fantasia. Prefere-se o que é simples, o concreto, porque dá satisfação com pouco esforço mental.

As formas básicas são:


O QUADRADO __ linha vertical e horizontal (que são a referência primária do homem) expressam estabilidade, equilíbrio, forma estática.


O TRIÂNGULO __ linhas diagonais (opostas à vertical e horizontal) expressam instabilidade, o movimento.

O CÍRCULO __ curvas expressam suavidade

Essas formas geométricas, que são estáticas, sem movimento e tensões são também chamadas de "boas formas", pela teoria da Gestalt, porque são simétricas.

Na palestra que assisti de Fayga Ostrower, ela comentou que na verdade na arte as boas formas são as formas expressivas, as com qualidade, as que contém vários signficados na mesma forma, caso contrário não serão artísticas. Que forma não é método, que forma vêm impregnada de conteúdo expressivo.

CONTEÚDO

O conteúdo não é o tema, o assunto, é a mensagem, a expressão.

Para Kandinsky o conteúdo de uma obra encontra sua expressão na composição.

O contorno produz a forma, mas a forma não é o contorno.


FORMA E CONTEÚDO

O conteúdo afeta a forma e esta o afeta também, eles não se dissociam. Nós compreendemos a forma e o conteúdo simultaneamente.


"A interação de conteúdo e forma é um problema vital nas artes, e não só nas artes."

"Se as intenções compositivas originais do criador da mensagem visual forem bem sucedidas (...). Se as soluções forem extremamante acertadas, a relação entre forma e conteúdo poderá ser discreta como elegante. Quando as soluções, estratégicas não são boas, o efeito visual será ambíguo." (Donis A. Dondis)


Leia mais sobre o assunto em:

http://www.musicaeeducacao.mus.br/artigos/gilbertoborgesconteudoestilonaobradearte.pdf

http://www.psicanaliseecriatividade.com.br/liter.php?id=2477

"A leitura de imagem é prioritária no mundo atual." Ana mae Barbosa

"Há várias pesquisas mostrando que a maior parte da nossa aprendizagem informal se dá através da imagem e parte dessa aprendizagem é inconsciente. A imagem nos domina porque não conhecemos a gramática visual nem exercitamos o pensamento visual para descobrir sistemas de significação através das imagens.
Uma alfabetização para a leitura da imagem através da educação formal tornaria consciente toda aprendizagem, alimentando a capacidade de reflexão do estudante." Ana Mae Barbosa

A seguir vídeos do youtube sobre Forma e Conteúdo.




A Educação Artística

Arte Educação


"arte" __ uma palavra tão ambígua quanto educação." (Herbert Read)

Segundo Herbert Read no seu livro A Redenção do Robot toda criança absorvida num desenho ou atividade criativa é uma criança feliz e auto-expressão é autodesenvolvimento, por isso devemos propiciar-lhe bastante tempo para as atividades artísticas que são para ela uma válvula de escape, consequentemente o caminho para a sua serenidade.

Na imagem a seguir observa-se alguns dos meus alunos tão concentrados na atividade que nem repararam que estavam sendo fotografados.

                                                                                     Alunos fazendo Desenho de Criação

 Meus alunos desenhando e colorindo o trabalho com lápis de cor e de cera.


"A Educação Artística deve ser, antes de tudo, a educação da espontaneidade estética e da capacidade já manifesta. Ela não pode, menos ainda que qualquer outra forma de educação, se contentar com a transmissão e aceitação passiva de uma ideia completamente elaborada: a beleza como a verdade, não vale senão quando recriada pela pessoa que a conquista." (Jean Piaget)



Exposição na escola de trabalhos de aluno em lápis de cor, lápis de cera, caneta hidrocor e nanquim


O professor de arte deve sempre trabalhar com o aluno partindo do diálogo para possibilitar a ele o desenvolvimento da sua criatividade e o seu senso crítico. Através da arte a criança expressa como vê as coisas e o seu mundo. O desenho, por exemplo, é para ela uma forma de linguagem. O educador deve utilizar este meio importante e o processo individual do aluno, de acordo com a sua faixa etária e o seu rítmo, gradualmente, e levando em conta o seu dia a dia. A arte deve ser percebida por ele como algo que faz parte do seu cotidiano, do mundo, da vida de todo ser humano, de como podemos fazer as coisas de modo diferente, de que todos os objetos possuem uma forma, uma estética, de que um desenho serve como vivência estética e meio expressivo, e também de que ela está sempre em mudança.

Segundo o artista Waltércio Caldas, uma escola de arte não deve propor atividades didáticas normativas, mas incentivar o aluno a aprender sozinho.

Certamente não se trata do "laisez-faire", ou seja, deixar o aluno fazer o trabalho sem nenhuma orientação, passivamente, sem reflexão sobre o seu fazer. Por esta razão, o professor deve ter um bom embasamento teórico sobre a sua prática pedagógica, para saber informar de forma segura e clara os fundamentos da linguagem visual: o ponto, a linha, a textura, os contrastes, etc., para que o aluno possa perceber o conjunto das formas, interpretar o que vê e o que sente e, assim, realmente criar, se expressar esteticamente.


É preciso também que o professor possibilite ao discente um ambiente adequado, tranquilo, espaço físico diferenciado, materiais e suportes diversos para as atividades que propõe.

Nas imagens a seguir observamos que os meus alunos trabalham concentrados, experimentando diferentes materiais: lápis de cor, lápis de cera, caneta hidrocor, tinta, tesoura, cola, e diferentes suportes: papel e mural.



Nas imagens a seguir os meus alunos pintam um mural com tinta, a partir da observação da própria sala de aula e da imaginação, respeitando o espaço plástico de cada colega e procurando dar unidade ao trabalho individual e do grupo.


A proposta para a pintura do mural partiu da observação de obras cujo tema é a própria arte, ateliers, como por exemplo " Studio com Cabeça", "Jaqueline no Studio", "Interior com uma Menina Desenhando", de Picasso e algumas de outros artistas.


Stúdio de Cabeça, de Pablo Picasso


A leitura de imagens, certamente, não deve servir como cópia mas para o aluno adquirir conhecimento sobre as várias formas de representação de um mesmo tema, sobre a arte e sua história assim como para evitar que desenhe estereótipos.

É necessário também que os alunos percebam a importância de se manter, ao final da atividade, os materiais limpos e organizados, e que a cooperação do grupo também neste caso é fundamental na sala de aula.


Meus alunos terminando a aula e deixando em boas condições de uso o espaço de trabalho.
E, enfim, a máquina fotográfica foi percebida!


Estas atividades foram sistematizadas, ou seja, foram enriquecidades com informações sobre a Arte Moderna, as obras dos muralistas, de Matisse, de Kandinsky, de Picasso, entre outros artistas, através de fitas de vídeo, livros, revistas e gravuras de arte, além de uma reflexão sobre o que viram, experimentaram e exporam.

"toda nação se consolidade com o social, o econômico e o cultural (...) que dependem da Educação (...) campo em que não há desafios externos patrulhados por sentinelas, mas desafios internos enfrentados no dia a dia por professores." (Luiz Carlos de Menezes)

Para Levy o evento da criação não se encontra mais limitado ao sujeito mas pode ser coletivo e contínuo.

"Noventa por cento do sucesso se baseia simplemente em insistir." (Woody Allen)


 "A História do México", de Diego Rivera

Diego Rivera, artista mexicano que criou vários murais.



A seguir um vídeo do Youtube sobre a obra de Diego Rivera.




Procure, agora, informar-se sobre artistas e suas obras. A partir de uma delas ou mais de uma crie um desenho, podendo usar diferentes materiais, suportes ou técnicas.


Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.






A Criança e o Desenho

Toda criança gosta de desenhar


"Toda criança é artista. O problema é como permanecer artista depois de crescer." Pablo Picasso

"Antes eu desenhava como Rafael mas precisei de toda uma existência para aprender a desenhar como as crianças." Pablo Picasso

"A produção gráfica das crianças encantam pela beleza, pela síntese do humano que encerram e pela poesia."

"As crianças têm necessidade de desenhar, e desde o final do séc. XIX, muitos teóricos têm se dedicado a entender essas marcas fascinantes feitas por elas, os motivos que as levam a mudar seus rabiscos, suas representações (...)."

"De acordo com a teoria piagetiana, a criança reconstrói criativamente o objeto do conhecimento ao tentar compreendê-lo (...) através da ação da criança sobre os objetos de seu meio e depois (...) para o plano da represenação, onde ela vai agir em pensamento."

"Conforme Luquet, o primeiro estágio do desenho, denominado Realismo Fortuito, no nível do Desenho Involuntário, é aquele em que a criança faz marcas numa superfície pelo prazer visual, gestual, de traçar linhas sem a  intenção de representar."




Rodrigo - traçando pela primeira vez

"O nível seguinte, Desenho Voluntário (...) inicia quando a criança interpreta suas marcas gráficas e passa a ter a intenção de representar o seu meio através do desenho (...) mesmo que sua intenção e sua interpretação (...) não coincida ou se altere (...)"



Não junta as partes

"O segundo estágio é o da Incapacidade Sintética, em que a criança começa a construir formas deferenciadas para cada categoria de objeto. De acordo com Piaget, ou seja, estão relacionadas às características mais gerais dos ojetos: fechado/aberto, dentro/fora, perto/longe(...)"


 


Coloca tudo que vê, profundidade, transparência, gira a folha, ergue a rua

"O terceiro estágio do desenho, Realismo Intelectual é aquele em que a criança procura se expressar e criar de forma mais ampla e rica nessa linguagem em que constrói formas para cada categoria de objeto, colocando tudo o que vê e o que conhece do objeto (...) em que busca organizar as formas no espaço e estabelecer representações de cor para elas."



Linha do chão

"A linha do chão torna-se, então, uma constante nos trabalhos. A criança utiliza-se de vários processos para representar as formas exemplares: o rebatimento, a planificação, a transparência, as formas tangentes, as mudanças de ponto de vista (...) inicia-se (...) a construção de reações projetivas (...) e euclidianas (proporções e distâncias para representar o espaço)."


Beatriz
A faixa azul mais escura representa a linha do chão.

Início da Perspectiva

"O último estágio do Realismo Visual é aqule em que a criança busca desenhar apenas o que percebe visualmente dos objetos, em que procura representar a profundidade, a sobreposição, as opacidâncias e as proporções dos objetos (...) há uma apropriação das convenções gráficas do desenho, como a perspectiva, o escorso (...)"




Julliana - pintando com tinta acríla s/ tela


"(...)as concepções a respeito do processo de desenho se alteram à medida que ela (a criança) se apropria dessa linguagem, e que o desenho é considerado um objeto de conhecimento, em que ação, pensamento e emoção se entrelaçam."

"nem sempre a criança tem um plano do que vai desenhar, muitas vezes é a ação de desenhar, uma cor ou um certo traço que vai lhe possibilitar inventar o seu desenho."

 

"O desenho começa como uma escrita e a escrita começa como um desenho."

"A arte é uma forma de construir conhecimento, que envolve inteligência e sensibilidade, mas que também influi na construção de conhecimentos, em especial em relação à construção da escrita. Assim, possibilitar às crianças que desenhem, ao contrário, de ser uma perda de tempo, é propiciar-lhes representar graficamente suas experiências."

"Sob o olhar de um educador atencioso as brincadeiras infantis revelam um conteúdo riquíssimo que pode ser usado para estimular o aprendizado." Giles Brougère


Maíra - aluna
Técnica mista - modelagem, pintura e colagem s/ papelão
com massinha, tinta, pena e purpurina
Trabalho sobre a chegada dos portugueses no Brasil
e a troca de seus produtos com os dos índios.
 

O desenho é primeira representação gráfica das crianças e um conhecimento muito importante para o seu desenvolvimento, por isso deve servir de instrumento para aprenderem o conteúdo de outros campos de conhecimento.

"As crianças se expressam e buscam conhecer o mundo através da arte. Seus desenhos são o que elas sentem e pensam sobre as coisas."

Elas estão sempre procurando um lugar para fazerem seus traços, suas garatujas, suas marcas, seus desenhos. Se estão na terra procuram um material que lhe sirva para desenhar: um graveto, um caule, uma pedra, etc. Se estão na praia: um palito de sorvete. Se estão numa calçada: carvão ou giz. Mesas, cadeiras, paredes, troncos de árvores e muros são uma atração.

" A família é que faz a criança entrar em contato com a arte. A escola também." Denise Grispum
"A família que apoia a arte, mais integral se torna a educação."

"Embora os primeiros traços que as crianças façam no papel possam não ter sentido algum para os adultos, essas garatujas são parte integrante do desenvolvimento e devem ser encorajados."

O desenho estimula a concentração, a atenção a aprendizagem em geral, a capacidade de perceber (contornos, espaços negativos e positivos, proporção, perspectiva, luz e sombra, volumes, o todo), a comunicação não-verbal, o lado direito do cérebro, ou seja, o lado do raciocínio criativo, intuitivo e da força simbólica.

"A arte não começa com o primeiro rabisco que a criança faz. Na realidade tem início mais cedo, quando a criança reage às experiencias sensoriais estabelecendo o controle com o mundo. Essa é de fato a base essencial para a produção de formas artísticas."

Expressão Gráfica

Arte é Expressão

"Arte é a projeção da verdade do ser como obra" (Heideger)

Pode-se observar nas postagens anteriores, que o desenho é uma expressão gráfica própria do ser humano.

"O desenho é a representação de um pensamento, de um momento."

Portanto, aprendendo os elementos básicos da linguagem visual é possível construir e fruir mensagens visuais por meio de diversas formas: simbólicas, de representação __ figurativas realistas __ e abstratas. Com elas podemos nos expressar de forma própria, de acordo com a nossa experiência de vida e com nossa visão de mundo, pois cópia não é meio de expressão. Na arte a expressão é essencial, é ela que revela nosso olhar, nossos sentimentos, nossa razão e emoção. Por isso, para se desenhar artisticamente, o tema deve ser uma interpretação que fazemos dele.

"Mas é difícil romper modelos, ser original" (Paul Cézanne)

No desenho de observação, fazendo exercícios com os elementos da linguagem __ ponto, linha, tons, textura, contrastes (alto/baixo, claro/escuro, pequeno/grande, branco/preto, etc) etc __ vamos aperfeiçoando a representação de um objeto com os pormenores, os elementos secundários, ou seja, desenho descritivo do modelo, e a composição. Deve-se observar, tocar, sentir a forma, a textura, etc. do objeto, e depois traçar de vagar, educando o olhar. Com prática podemos compreender os códigos da linguagem e, consequentemente, vamos dominando-a melhor. Portanto, o desenho de observação não deve impedir a criatividade nem impor regras, formas nem soluções. Ele deve ajudar a se buscar a expressão, o desenvolvimento do traço e do gesto, como um exercício para se superar bloqueios, desenvolver a linguagem visual, para representar formas, volumes, espaços e superfícies, enfim, para se fazer uma interpretação, ou seja, para que o trabalho seja singular.


Através do desenho de observação pode-se compreender o que é posição do observador, enquadramento no papel, luz e sombra, textura, verticatilidade, proporção, etc. Ele pode, também,possibilitar uma aprendizagem mais rica e estimulante para as crianças, que por si só são criativas, expressivas e cheias de imaginação.

"O desenho é que permite ao artista penetrar na intimidade do real, tocar-lhe a cerne, estripá-lo, transformá-lo." (Ferreira Gullar)

A seguir um vídeo do Youtube sobre sombra e luz no desenho de observação.




Os desenhos a seguir foram feitos por meus alunos que observaram a mesma figura mas encontraram soluções diferentes para representá-la.


Sem título - de aluno
grafite s/papel
Desenho de Observação



Sem título - de aluno
grafite s/papel
Desenho de Observação




Sem título - de aluno
grafite s/papel
Desenho de Observação


Esta atividade prática foi enriquecida com informações sobre a História da Arte, sobre as naturezas mortas com maçãs de Cezanne, de Fernando Botero e de outros artistas, através de fitas de vídeo, gravuras, etc.

Veja em:

"uma maçã pintada por Cézanne não tem a banalidade nem a estranheza da coisa. É maçã e não é maçã, é coisa e não é coisa; é de fato um ser de um universo inventado pelo homem através dos séculos e que se chama pintura."

A seguir veja um vídeo do Youtube sobre a obra de Cézanne.



Agora, observe uma maçã para desenhá-la, e a partir do seu ponto de observação trabalhe a luz e a sombra.

"O objetivo primeiro da atividade cultural é a criação, a interpretação. É a criação que leva à busca, ao encontro, a um conceito próprio. O lúdico, o prazer da descoberta é próprio da criação, o que não acontece com cópia, que é reprodução artística. É preciso ter autonomia para inventar, para criar." (Prof. Luiz Milanese, escritor)



Sem título - Márcio, aluno
grafite s/papel
Desenho de Observação - tema: Natureza Morta



Sem título - de aluno
caneta hidrográfica s/papel
Desenho de Observação - tema: Natureza Morta



Sem gtítulo - de aluno
grafite s/papel
Desenho de Observação - tema: Natureza Morta

Esta atividade prática foi enriquecida com informações sobre História da Arte, jarros de flores de Van Gogh, de Guignard e de outros artistas, através de livros e revistas de arte, fitas de vídeo e gravuras. Também sobre sombras: própria e projetada.

Veja em:

Durante as aulas os alunos receberam noções sobre o efeito da luz, ou seja, que ao iluminar os objetos eles mudam de aspecto devido a direção que ela toma, devido também à sua quantidade e tipo de luz, que pode ser natural ou artificial, proporcionando o contraste de claro e escuro, os tons com as escalas de valores tonais __ cinza claro, médio e forte, além do preto e branco que é o contraste mais acentuado.

"Acho, sem dúvida. E não é academismo não, é outra história. É deixar aflorar mesmo a personalidade, mostrar características." Tuneu, aluno de Tarsila em entrevista a Ana Mae Barbosa sobre a importância do desenho como gramática básica

"Eu acredito no desenho. Mesmo que você vá fazer só xerox, ou que você vire um fotógrafo, o que importa é que se você tiver um bom desenho, você vai ser um bom fotógrafo...você vê, sabe?" Tuneu

"de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem." (Thomaz Handy) sobre a importância do desenho

Veja em:


No desenho de memória é feita a representação gráfica de alguma forma que se visualizou no passado e o cérebro se lembra de partes, do que é essencial nela, a sua forma básica. Neste caso, pode-se traçar rapidamente o que é mais significativo da imagem, através de um esboço.

Os desenhos a seguir foram feitos por meus alunos que representaram graficamente através de um tema dirigido, ou seja, proposto, a forma básica de um pião que visualizaram no passado.




Sem título - Márcio, aluno
grafite s/papel
Desenho de Memória




Sem título - de aluno
grafite s/papel
Desenho de Memória


A seguir um vídeo do Youtube sobre desenho a carvão feito de memória



No desenho criativo a forma gráfica é criada pela imaginação ou inspirada por algo real. O desenho criativo pode ser "dirigido", ou seja, com um tema proposto por alguém, e também pode ser "livre", ou seja, com um tema da escolha do desenhista.

O desenho a seguir foi inspirado numa exposição de fotografias do Rio de Janeiro antigo, em preto e branco, onde meus alunos puderam analisar __ além das características da época (paisagem, ruas, casas comerciais, pessoas, escolas, idumentárias, arquitetura etc.)__ os diferentes tons, a luz, as sombras, o claro e o escuro. A partir destas observações, a proposta que dei foi de criarem uma paisagem urbana do Rio de Janeiro do futuro, onde certamente algumas coisas pemanecerão e outras não, enquanto muitas surgirão.


Sem título - Erle, aluno
grafite s/papel
Desenho Criativo - c/tema dirigido


Através desta proposta os alunos puderam observar a diferença de costumes, da moda, das construções e da estética do Rio de Janeiro do passado e do atual, percebendo, assim, a possibilidade de mudanças e da diversidade desta cidade no futuro em relação a estas questões, e podendo também desenvolver a sua imaginação.


O desenho a seguir foi feito por aluno que escolheu como tema uma marinha.



Sem título - Max - aluno, 6a. série
grafite s/papel
Desenho de Criação


Através desta atividade os alunos puderam escolher o tema do desenho, desenvolver a sua imaginação, trabalhar a sua fantasia, o desenho como um meio de expressão, a sua singularidade.

Veja em:
http://4.bp.blogspot.com/_K4DdYXMgOs4/SuxYjuDnE1I/AAAAAAAAAJ0/SGJYU2m17Q0/s1600-h/casa+ps+cartoon.jpg


Add caption
A inspiração em todas as formas de arte, tem um toque de magia, porque a criação é absolutamente inexplicável." (Clarice Lispector)


No desenho de movimento se registra o movimento de uma imagem, destacando o que é essencial através do movimento do gesto e o movimento da linha.

O desenho a seguir foi feito por um aluno meu que escolheu livremente o tema. Observa-se que há no trabalho uma preocupação com o movimento.


Sem título - Kampela - aluno, 7a. série
grafite s/papel
Desenho de Movimnto


A seguir um vídeo do Youtube sobre desenho com movimento


Tente fazer também um desenho com movimento.

"A criação artística é um mistério que me escapa, felizmente. Eu tenho medo antes e durante o ato criador; acho-o grande demais para mim." (Clarice Lispector)

O trabalho com todos esses esses tipos de desenho, além do estilizado, do coletivo, do abstrato e de outros, com variadas técnicas e diversos materiais possibilitam o desenho criativo e expressivo.

É importante trabalhar o desenho em preto e branco, porque propicia um olhar mais apurado das imagens. Através desta prática pode-se perceber melhor as formas através dos tons o que será muito útil ao se experimentar as cores e suas nuances.

Agora faça um desenho de observação, um de memória e um criativo.

É importante que a criança e o jovem possam desenvolver sua habilidade e criatividade e, para isso é preciso que o desenho seja visto como uma necessidade de expressão e de conhecimento como os demais conteúdos da escola, consequentemente esta deve abrir um maior tempo para ele.



Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.