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A Educação Através da Arte


A educação através da arte também leva ao conhecimento.

Nas aulas de Artes Visuais os alunos fazem pesquisa sobre arte, a fim de que conheçam as obras de diversos artistas e a história de movimentos artísticos em diferentes épocas e locais, além de suas influências em vários setores da sociedade, como por exemplo na moda, nos objetos práticos, decorativos, etc.
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Abaixo, alguns dos meus alunos conhecendo obras de arte e os artistas, através da pesquisa, da observação de gravuras e da leitura em livros de arte.
A Arte Educação possibilita a fruição e a contextualização da arte.

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Abaixo, os alunos fazem o trabalho prático a partir de uma obra que o grupo escolheu para fazer uma releitura, ou seja uma interpretação do que observam.
A Arte Educação possibilita também o fazer artístico.
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"Com o conhecimento nossas dúvidas aumentam." Goethe

Se nossas dúvidas aumentam com o conhecimento, precisamos estar sempre nos atualizando, aprendendo, fazendo cursos de reciclagem, especializações, pós graduação, etc. Por isso, os professores de Arte Visuais estão constantemente se reciclando, trabalhando com a imaginação e criando.
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Abaixo, uma oficina de reciclagem para a criação de bonecos e de um teatro de bonecos.

Eu, na oficina da artista e arte educadora Raquel Feferbaum, criando minha boneca e personagem, a brasileiríssima, miscigenada, negrinha de olhos azuis.
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Numa sociedade complexa como é a atual em todo o mundo, a educação é fundamental, no entanto esta não tem sido devidamente valorizada no Brasil.
Se a educação não tem sido valorizada no Brasil, a arte educação menos ainda, mesmo dentro da escola e, até, por professores de outras disciplinas.
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"Somos uma área frágil no currículo. Qualquer coisa, qualquer problema, qualquer crise monetária atinge imediatamente o ensino da arte, porque ele é eliminado, ele é colocado de lado. Não adianta ser obrigatório, porque as escolas arranjam meios de burlar esssa obrigatoriedade. Nós conhecemos os vários modos de burlar a obrigatoriedade." Ana Mae Barbosa

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Abaixo, uma oficina para reciclagem dos profissionais da arte e da educação, onde eu e outros arte educadores aprendemos uma nova técnica, a trabalhar com couro, a criar máscaras e recebemos mais informações sobre a Comédia dell" Arte.

Oficina de máscaras da Comédia dell" Arte
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A arte deveria ser alvo de interesse dos governantes e de todos que se interessam por educação. Deveriam dar a ela a mesma importância que dão às demais disciplinas do currículo escolar, pois além de alfabetizar visualmente o alunos ela trabalha com a interdisciplinaridade, ambas as ações tão importantes na sociedade atual.


"Na Inglaterra, os arte-educadores modernistas tiveram tremendo apoio dos críticos de arte e dos artistas. Na América Latina os arte-educadores sofreram muito por parte dos artistas, dos críticos e dos historiadores conservadores. A passagem do ensino tradicional para o ensino moderno, por exemplo, ceifou Lúcio Costa das artes do Rio de Janeiro. Era moderno demais, por isso os tradicionais o expulsaram." Ana Mae Barbosa


Para a arte moderna o importante era criar uma obra original, inventar novas regras.

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Abaixo, uma de minhas aulas de Artes visuais, na qual os alunos preparam o molde de máscaras com gaze gessada no rosto dos colegas, com muito entusiasmo e respeito a fim de conseguirem um bom resultado no trabalho, e consequentemente se socializando, aprendendo e ensinando simultaneamente.



Meus alunos, em dupla, trabalham uma das técnicas para se confeccionar máscaras.


Esta atividade é educativa por excelência, pois se dá através da cooperação e ajuda mútua usando coisas, e não só pela abstração, ela flui através dos sentidos, dos membros e dos músculos, como acreditavam Platão e Rousseau. Platão defendia a educação mais pela prática do que pelo conceito, por isso baseou sua teoria da educação no estudo das artes.

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"Em sociedade os interesses de cada indivíduo estão mesclados uns aos outros, e não podem ser separados. Os homens deveriam ser ensinados a ajudar uns aos outros." Willian Godwim

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Abaixo, alguns moldes prontos. A partir deles, os alunos puderam comentar sobre o processo da confecção e o resultado obtido, além das formas vazadas, dos volumes e das texturas.





Moldes das máscaras dos alunos

Nos moldes os alunos puderam também perceber as características dos seus próprios rostos e as dos colegas, assim como as semelhanças e as diferenças entre elas.

Abaixo, uma das alunas faz pesquisa em livros sobre a confeccção e o uso de máscaras em diversas culturas.

A pesquisa possiblita a contextualização, e um conhecimento histórico e social sobre o tema.


Abaixo, máscaras de alguns alunos em papier collé criadas a partir dos moldes de gaze gessada e decoradas com diferentes tipos de materiais, convencionais e não convencionais, a escolha deles, conforme sua imaginação.



Trabalhos na exposição com o texto: "Que corpo habita esta máscara? Que alma habita este corpo?"

 Os meus alunos com esta atividade lúdica, criativa e singular puderam trabalhar com tinta guache diferentes elementos da linguagem visual: cores, tons, linhas, texturas, formas simétricas, etc., refletir sobre eles através da observação e análise dos trabalhos, e usar a imaginação.

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"A imaginação é uma necessidade como a respiração. Imaginamos coisas durante o sonho e o pesadelo, mas também temos que imaginar quando acordados."

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Abaixo, algumas das pesquisas concluídas e expostas com as máscaras. Através da sua leitura e do comentário sobre cada uma delas, os alunos puderam ampliar o seu conhecimento sobre o assunto.


Este objeto de estudo possibilitou aos meus alunos a fruição, o fazer artístico e a contextualização, conforme propõe a arte-educadora Ana Mae Barbosa.


"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é criar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo a que eles se propõe." Jean Piaget



Um grupo dos meus alunos desenhando muito concentrados.

"Os modernistas diziam que todos são criadores, o desenho tem que ser uma linguagem universal. Todos têm que ser capazes de desenhar, uns melhores, outros piores. Todos são capazes de desenhar, a arte é para todos. Esse é o ideário modernista." Ana Mae Barbosa

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A arte é um produto cultural e ao mesmo tempo individual, é a criação de um artista numa determinada época e num determinado espaço. É, consequentemente, o produto estético da percepção que ele tem do mundo que o cerca. Portanto, ela nos possibilita o entendimento da história do homem através da história do olhar sobre a realidade, e das transformações ocorridas em diferentes períodos da história da humanidade. Esta história do olhar já começa com a produção de imagens nas cavernas, em seguida nas construções do Egito, da Grécia, de Roma, até, na modernidade, se desenvolver na fotografia, na reprodução de imagens, no cinema, na televisão, nos computadores, nos celulares, resultando atualmente num cruzamento entre todas elas, como constatamos diariamente e afirmam estudiosos do assunto.


Meus alunos assistindo atentamente a uma fita de vídeo sobre imagens e criação artística, e simultaneamente com uma máquina eu os fotografava criando esta imagem deles .

Hoje vivemos num mundo repleto de imagens, por isso o escritor Italo Calvino critica o processo atual de massificação visual, ou seja, das imagens que nos chegam já prontas, das imagens que nos são impostas a todo momento, capazes, conforme teme, de prejudicar a nossa imaginação. Propõe, então, a "pedagogia da imaginação" __ para que possamos preservar nossa faculdadade humana de criar imagens, de imaginarmos, de fantasiarmos, consequentemente de agirmos __ através da educação visual com técnicas, procedimentos, informações sobre a história, sobre produções, produtores, relação sócio cultural para que se possa formar olhar crítico e criativo no mundo contemporâneo.

Se cada um de nós é um ser único no mundo, cada um de nós tem uma meneira única de ver e de sentir, logo, também um modo único de se expressar.

O homem pré-histórico já se comunicava através da linguagem visual com os materiais que conseguia, deixando formas simbólicas nas cavernas, deixando registrado nelas sua forma de expressão, suas crenças, sua imaginação, o que via durante seu estado alterado de consciência, conforme indicam pesquisas de estudiosos sobre o estudo das imagens.

É através do seu imaginário que o artista produz, sua arte é a síntese do seu olhar
e a relação que cria com os elementos da sua linguagem artística provocam novas maneiras de ver e de sentir.

"A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada ao passo que a imaginação abrange um mundo inteiro." Albert Einstein

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Nota:  Os trabalhos desta postagem não são recentes.


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A Escola e a Família

O futuro de todas as gerações depende dos pais e da escola.

A família transmite educação de geração em geração.
A escola transmite conhecimento e a forma do indivíduo se comportar em sociedade, além de prepará-lo para a vida, num mundo em constantes mudanças.


Breve história da educação no mundo

O homem primitivo não tinha escola, ensinava as novas gerações sobre o que observava no universo e sobre o que aprendeu com seus antepassados contando histórias, cantando, e através dos rituais.
Rituais do homem primitivo

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A escola e outras instituições apareceram com o surgimento da escrita, em 3.500 a.C., quando, então, um estudo mais específico foi necessário para que se transmitisse pensamentos abstratos. Antes a educação era dada pela família.

Família

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Escola
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No Egito, para que se aprendesse a linguagem escrita, com 2000 pictogramas, foi necessário que desde cedo os indivíduos, mas só meninos, fossem diariamente à escola, o que ficou constatado nos tabletes de barro sumerianos. As meninas, no entanto, eram educadas em casa. Com estudo, os homens tornavam-se professores, funcionários públicos, topógrafos, arquivistas, conselheiros dos monarcas ou escribas __ os que guardavam documentos e escreviam, sendo remunerados pelo serviço que prestavam. A partir dos dezoitos anos, os rapazes aprendiam hieroglifos, matemática e geometria, fazendo cálculos que pudessem empregar na vida prática, de modo que a sua cultura, fosse preservada e não alterada, por isso não havia o interesse por originalidade e inovações.

Escriba

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Na Grécia o objetivo da escola era que os indivíduos desenvolvessem o conhecimento da política, das artes e do
teatro, através dos filósofos em escolas privadas com supevisão do escravo, chamado de pedagogo. Aos 21 anos estudavam matemática, astronomia, filosofia, enquanto a arte da oratória desde cedo fazia parte do currículo, porque os gregos admiravam aqueles que dominavam a palavra.

Filósofos gregos 
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Em Roma, as crianças aprendiam com os pais, mas quando os romanos conquistaram a Grécia, no séc. XII a.C., copiaram quase totalmente o sistema educacional grego, inclusive para fruirem a poesia e a filosofia do país conquistado estudavam a lingua grega. O conhecimento que adquiriram colocaram em vários volumes de uma enciclopédia.

Escrita grega

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Na Idade Média, por séculos a cultura ficou restrita aos mosteiros, à Igreja.

Com Carlos Magno é que a educação se desenvolveu, porque ele queria unificar a Europa. E para isso, precisava de funcionários que soubessem redigir e ler documentos de um governo feito à distância. Resolveu, então, criar uma lei que obrigasse o estudo, que deveria ser feito nos mosteiros.



Carlos Magno


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"É imperioso para nós que os mosteiros, o governo com que Cristo generosamente nos legou, não se satisfaçam com uma vida piedosa, mas igualmente se dediquem à tarefa de ensinar. Sem dúvida, é melhor agir bem do que saber muito, mas não é possível agir bem sem saber coisa alguma."
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O ensino num mosteiro

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No séc. XIII, surgiram as universidades, como a de Oxford, na Inglaterra __ foto abaixo__, para que as informações da Antiguidade, escritos de Aristóteles e da medicina, não fossem esquecidas.


Aristóteles, filósofo grego

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No séc. XIV, os protestantes alemães traduziram a Bíblia do latim para outras linguas a fim de que fosse lida pelo povo, o que provocou o aumento da alfabetização, inclusive para as meninas alegando que elas também também têm alma.

Bíblia alemã

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Com a Contra Reforma, no século XVI, os Jesuítas, católicos, fundaram 500 colégios com ensino do sistema educacional grego, que chegou ao séc XX em todo o mundo, aceitando meninos pobres, que com isso ascenderam-se socialmente.


O Iluminismo, no século XVIII, priorizando a razão para que as pessoas entendessem o mundo, levou-as a entenderem a educação como um direito. Então, em 1717, na Prússia, a educação pública obrigatória foi adotada.
Descartes e estudiosos do Iluminismo

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Na Revolução Francesa, séc. XVIII / XIX, Jean Jacques Rousseau questionou os métodos educacionais, o que levou ao sistemema educacional moderno, no qual o indivíduo deve ser levado a pensar e a ter instrução cívica. O Estado, então, passou a controlar as escolas e outras instituições, mesmo contrariando os conservadores que queriam escolas religiosas, com conformismo e orações.


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A Revolução Industrial levou a um aumento da educação européia.

Nesta época as crianças trabalhavam

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Hoje, segundo pesquisas, e conforme constatamos muitas vezes nós mesmos, nem todas as crianças vão a escola, porque muitas pessoas e famílias não se interessam por ela, já que muitas vezes não há exemplo algum de alguém bem sucedido em seu meio devido estudo, ao contrário do que acontece com as famílias de bom poder aquisitivo. Ainda segundo elas, nos países pobres ou em desenvolvimento as condicões não favorecem as atividades escolares, porque não há investimento nem verba para a educação. E muitas escolas só valorizam a memorização, a repetição de palavras e um conteúdo teórico inútil para o aluno e a sociedade local, sem a possibilidade de poder empregá-lo na sua vida prática, pois não o ajuda a pensar, a ser criativo, a buscar soluções para as suas necessidades e as da comunidade na qual vive.

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Para a pesquisadora Thaís Cardinale Branco, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) a violência é um atrativo para os jovens que vivem em condições sem perspectiva diante da pobreza do meio em que vivem, pois escolhem as atividades ilegais para adquirirem respeito e admiração.
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"Esses jovens se inspiram no modelo que já têm, já que muitas vezes não têm referência mais forte de pais ou mães (...). A questão econômica não é determinante (...)." sociólogo Marcus Vinicius Gonçalves da Cruz

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Professor e Educador

O professor geralmente é um educador

O Professor ensina a sua matéria, mas quando é também um educador ele assume a responsabilidade de educar, porque além da sua qualidade pedagógica ele possui consciência social e se envolve humanamente no que faz, sabendo que só a troca leva ao conhecimento.


"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." Cora Coralina


Eu e os meus alunos, que comentam os trabalhos apresentados de desenho feitos a partir da história do Mestre Vitalino.

Na aula, acima, com muita atenção e interesse os alunos refletem sobre o próprio trabalho e sobre os dos colegas, aprendendo também com eles e aprendendo a respeitar as diferenças. Eu, como professora e educadora, oriento e faço a mediação nesta relação.


"Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar." Píndaro


Sabemos que o professor e educador muitas vezes repreende o aluno, muitas vezes perde a paciência, a serenidade apesar de ser afetuoso, paciente, sereno e tolerante, porque precisa, em certas ocasiões, destas atitudes para alcançar bons resultados dos alunos. Caso contrário seria um professor muito passivo, subserviente, indiferente ou sem preparo para a sua função. Mas sempre, com certeza, de forma educada servindo de bom exemplo para os seus docentes, que por isso o entendem, sentem afeto por ele e o respeitam.


Abaixo um vídeo, do Youtube, sobre o que é ser um professor educador.



"Longo é o caminho do ensino por meio de teorias, breve e eficaz por meio de exemplos." Sêneca


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Ser Professor

Ser Professor não é tarefa fácil

porque educar não é fácil, mas é preciso que seja prioridade dos pais, das famílias, das escolas, dos professores e dos governantes.

"O importante na educação não é apenas formar um mercado de trabalho, mas formar uma nação, com gente capaz de pensar." José Arthur Giannotti



A Educação é uma das mais importantes atividades cujo objetivo é melhorar a vida de cada indivíduo, da coletividade, da nação e do mundo.
"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." Nelson Mandela

Sem Educação não há melhora na saúde, na segurança e no desenvolvimento de um país. Sem Educação aumenta a ignorância, a corrupção, a criminalidade, a degradação da sociedade. Sem Educação não há cidadania, daí a sua enorme importância.



"Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido." Arthur Lewis


Para que haja aprendizagem dos estudantes é necessário qualidade no ensino e para isto é preciso docentes preparados adequadamente, assim como também a estrutura escolar, que a gestão seja boa, ouça e ajude os professores a resolverem os problemas que aparecem no dia a dia, que a escola tenha recursos e condições físicas apropriadas para as atividades, e que haja mais investimento neste setor, pois é a sociedade que será beneficiada.


"uma nação se constrói na escola, com professores qualificados e com consciência social." Luiz Carlos de Menezes
Consequentemente há a necessidade de uma profissão relevante que não vem sendo respeitada nem valorizada há alguns anos no nosso país, a do Professor.

"Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre do que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro." D.Pedro II

No entanto, diariamente, se ouve falar que a má qualidade do ensino atual se deve a ele. Este parecer é injusto, pois é um profissional que trabalha muito na(s) escola(s), com muitas turmas de muitos alunos, e também fora dela(s), em vários horários de um mesmo dia, com aulas extra-classe, além do que faz em casa: planjamentos de aulas, correções, preparo de exposições e avaliações dos trabalhos dos alunos, e relatórios constantes feitos dentro e fora da escola em troca de uma remuneração muito aquem do que merece, inclusive, muitas vezes __sem que a maioria das pessoas saiba __ tirando dinheiro do próprio bolso em benefício dos alunos.

"Nas linhas avançadas da Educação brasileira, não há pesquisadores enclausurados em laboratórios de ponta, mas educadores estudando as melhores formas de ensinar e promovendo integração social ou mesmo civilizatória em situações reais."

Não se pode, ainda, esquecer que o Professor é também um profissional que está sempre lendo, escrevendo, fazendo cursos, participando de palestras para se reciclar, para se instruir cada vez mais, a fim de orientar os seus alunos no caminho do conhecimento, no importante caminho do saber, no qual se inclui o saber aprender. Ele é um profissional que está constantemente pesquisando sobre a sua matéria, se informando sobre outras disciplinas, a educação e o que acontece no mundo, pois o ensino atual exige a interdisciplinaridade.

"Não é possível a formação continuada do professor eficiente sem partir do que o professor sabe. A formação do conhecimento parte do que você já conhece." Ana Mae Barbosa

Há poucos dias a professora de portugues Amanda Gurge abordou, indignada e com muita propriedade, estas questões como se pode ver no vídeo abaixo, do Youtube, que repercutiu na mída imediatamente.



"profissionais (...) símbolos de nossa vanguarda (...) estão em toda parte, numa escola de seu bairro, às vezes vistos com referência, às vezes anônimos. Mas onde houver importantes fronteiras sendo defendidas pode apostar: ali há educadores bem formados e de corpo inteiro."


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Desenhista, pintor, engenheiro mecânico, fotógrafo e profesor Luiz Ernesto

Luiz Ernesto

é artista plástico, desenha, pinta, faz objetos, fotografia, gravura e trabalhos com fibra de vidro e resina de politileno.

"Para Luiz Ernesto o mundo e as coisas triviais que o habitam é um lugar onde tudo está em constante metamorfose. Cabe ao artista apressar ou fecundar esse processo. Por força de sua astúcia, isto repentinamente pode se transformar nisso ou até mesmo em aquilo." Agnaldo Farias

Luiz Ernesto é também engenheiro mecânico, graduado pela Universidade Católica de Petrópolis, foi coordenador e diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde dá aulas e também foi aluno tendo como professores Rubens Gerchman e Roberto Magalhães quando, então, fez parte do grupo "Como vai você Geração 80?"

Para criar os seus trabalhos, ele parte de objetos banais do cotidiano.


Foto de jornal


"Ao contrário de outras épocas onde o interesse das artes variava entre o que era eterno, magnífico, grandioso, coisas que mereciam ser preservadas para que fossem rememoradas e celebradas por sua aura mítica, por sua condição exemplar, a arte do nosso tempo, com a qual Luiz Ernesto está comprometido, ficou e ficará marcada pelo seu interesse pelo prosaico e banal, aquilo cujo frequente nos leva a não considerar (...)" Agnaldo Farias

O seu processo artístico é soprepor camadas de fibra de vidro e resina sobre imagens e palavras.

"É uma pintura que não de ou sobre imagens, mas a própria pintura do mundo das imagens." Guilherme Bueno


Foto de jornal

"A civilização atual a tudo confere um ar de semelhança." Theodoro Adorno

Luiz Ernesto faz exposições individuais e coletivas em importantes galerias de arte, centros culturais, museus e bienais no Brasil e no exterior, e recebeu vários prêmios, entre eles:

- 1o. Prêmio de Desenho IV Salão Câmara de Arte(RJ)
- Prêmio Acervo da Casa de Gravura (PR)
- Prêmio de Aquisição no Salão Nacional de Artes Plásticas.
- Palácio das Artes (MG)

Veja suas obras mais recentes, biografia, crítica e currículo em:

http://www.luizernesto.com.br/




Pintura - com Luiz Ernesto

A Linguagem Pictórica

"A cor é a música dos olhos." Johann Wolfgang van Goethe

Com Luiz Ernesto, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e na Uerj, fiz alguns cursos:

  • Elementos Fundamentais da Pintura
  • Pintura e Percepção em Arte
  • A Pintura Num Mundo Sem Tintas

"Se pintar não fosse tão complicado, não seria tão divertido." Edgar Degas



Na foto acima, eu num dos momentos em que Luiz Ernesto reuniu todos os alunos a volta de uma grande mesa de trabalho para falar sobre pintura.

Luiz Ernesto é um professor muito atenciosos, educado tranquilo, bem didático, e que estimula muito os seus alunos. Não encontrei ninguém que não gostasse dele. Durante as suas aulas, das quais participei, comentava sobre artistas, História da Arte, movimentos artísticos, estilos de arte, os elementos da pintura, conceitos, etc. No final da aula sempre era feita uma reflexão, dos alunos e do professor, sobre os trabalhos.Também programava visita a museus e a exposições para a sua turma.
No momento da aula prática havia uma sala para os iniciantes, onde ele propunha exercícios, e uma para atelier livre, para quem já pintava, onde ia orientando, pois ele acha que também a técnica é necessária.

"É claro que não somos uma escola acadêmica, mas temos nossos critérios. O aluno deve aprender a gramática da linguagem visual e só depois ensaiar um projeto pessoal." Luiiz Ernesto

Eu, numa aula prática

Segundo Merleau-Ponty, linguagem da pintura não são só as imagens, a função, a figura, mas também a cor, a luz, a linha, a textura, a transparência, ou seja, os elementos desta linguagem, e também outros valores da expressão estética que dela fazem parte e que dão significado ao trabalho, e que o artista usa como se fossem palavras de um idioma, mas que só se pode apreender pelo olhar.

"As coisas, alerta-nos Luiz Ernesto, quando refeitas em desenho, fibra de vidro ou qualquer outro material e técnica quaisquer, passam a pertencer à ordem da linguagem (...)" Agnaldo Farias


No final da aula, uma reflexão sobre o meu trabalho: cor, textura, sombra e luz, tons, sobreposição de cores e formas, etc.

"A pintura continua viva e firme. Depois de ter sua morte anunciada e celebrada inúmeras vezes, segue em seu caminho de excelência. A mais espiritual e imaterial das artes visuais, como disse Hegel, é, ao mesmo tempo a que mais resiste à impermanência de uma época tomada pelo virtual e, não raro, pelo descartavel. " Teixeira Coelho






Wassily Kandinsky (1866-1944)

A fruição de obras de arte


A fruição de obras de arte, através de gravuras, outras mídias e visitas a museus é de grande importância para a alfabetização visual. Atualmente os recursos disponíveis são muitos, o que facilita bastante atingir este objetivo.
Em algumas postagens deste blog deixarei algumas informações sobre alguns artistas e suas obras. Esta é sobre Kandinsky, o criador da arte abstrata.


Wassily Kandinsky, pintor russo naturalizado frances, começou a estudar arte em
1896, em Munique, na Alemanha, por volta dos 30 anos, quando era advogado. No início da carreira, pintava formas figurativas e sua pintura passou por várias fases: primitivista, expressionista, art nouveau, arte russa, até criar a arte abstrata com formas geométricas, em 1908, ao perceber que um de seus quadros que estava com a composição das figuras em posição contrária tinha mais beleza formal.


No seu livro "Do Espiritual na Arte" a sua idéia era não representar os objetos, mas sim a expressão dos sentimentos do artista. Segundo ele, o que inspira a verdadeira arte é a necessidade interior. Escreveu também " Reminiscências" e "Ponto e Linha sobre o Plano".


"Quem cria uma obra cria um mundo." Wasssily kandinsky


Abaixo, um vídeo do Youtube, com algumas obras do artista. Depois veja outros com suas obras figurativas.



Releituras de Vários Artistas

Fazendo Arte com a Arte

Com a leitura interpretativa das imagens, o aluno é capaz de perceber que se pode representar um determinado tema de várias formas, fazer um trabalho singular, se expressar e se descobrir nos seus trabalhos, além de fazer descobertas.

"Tudo manifesta símbolos e, sábio é aquele que numa coisa sabe ler outra." Platino

Abaixo alguns trabalhos dos meus alunos com referência em obras de artes de vários artistas.


Jackson Pollock



Releitura de Pollock - aluno Lincoln
caneta hidrocor s/ papel

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Ao contrário das obras de Pollock, o trabalho acima é de pequenas dimensões, e a técnica e o material são diferentes das usadas pelo artista.

Releitura das obras de Picasso - de aluno
guache s/papel

No trabalho acima, o aluno tomou como referência a figura do violão, tema que aparece em várias obras do artista Pablo Plicasso.

Salvador Dali








 Releitura da obra de Salvador Dali - de aluno
guache s/ papel

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No trabalho acima, o aluno usou apenas um fragmento da obra do artista, dando ênfase à imagem que selecionou.


Fernand Lèger


 Releitura das obras de Fernand Lèger e Modigliani - aluno Renan - 9 anos
lápis de cor e caneta hidrocor s/ papel


O aluno criou a obra acima integrando plasticamente a releitura das obras dos dois artistas.


releitura - de aluno
guache s/ papel

No trabalho acima, o aluno usou as cores verde, amarela e terrosas, para a integração plástica de sua obra, a partir de duas obras de arte.


 Alinhar à esquerda
 Releituras - de aluno
guache s/ papel

Nos trabalhos acima, os alunos usaram tema de um pintor com a técnica de outro. Um deles trabalhou uma figura feminina de Toulouse Lautrec, outros dois usaram a figura da Monalisa, sendo que um deles para criar uma obra abstrata.

Alfredo Volpi





Releitura das obras de Volpi - aluna Suellen
guache s/ papel



As bandeirinhas e as portas das obras de Volpi foram usadas pela aluna para criar uma obra singular.



Tarsila do Amaral


 
Releituras das figuras estranhas das obras de Tarsila do Amaral
lápis grafite, lápis de cera, lápis de cor, guache s/ papel

Os trabalhos acima, de vários alunos, foram criados através de recorte de papel, desenho, associação de formas e releitura das obras de Tarsila do Amaral.








Alberto da Veiga Guignard




Releitura das obras de Guignard - aluno Wallace - 14 anos
acrílica s/ papel


No trabalho acima, o aluno usou as obras com vasos de flores de Guignard como pretexto para trabalhar, na releitura, a sua gestualidade e as cores quentes.




Rubem Valentim

Releitura das obras de Rubem Valentim - aluno Márcio
nankim s/ papel
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Através da releitura das obras de Rubem Valentim, o aluno criou uma obra simétrica e monocromática.

Rubem Valentim
Releitura das obras de Rubem Valentim - aluno Júlio - 6a.série
colagem s/ papel

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Através da releitura das obras de Rubem Valentim, o aluno criou uma obra simétrica e policromática.


Wassily Kandinsky



Releituras das obras de Kandinsky - de alunos
colagem s/ papel

Lendo e relendo as obras de Kandinsky, os alunos criaram cartões com formas geométricas utilizando apenas suporte de papel canson branco e pequenos pedaços de papéis coloridos.

Pedi que cada aluno escrevesse no seu cartão uma mensagem para um colega sobre suas experiências nas aulas de artes plásticas.


A seguir alguma das mensagens:

"Acho Artes Plásticas muito legal. Adoro assistir essa aula (...)" Rejane - 8a. série

"Aula de Artes Plásticas é uma aula concentradíssima e divertida. Estou gostando por enquanto, e espero estar gostando até o final do ano." Miguel - 7a. série

"No ano que vem (...) eu quero continuar nas artes plásticas porque é a aula que eu mais gosto." Nathalie - 7a. série

"Ano que vem (...) quero continuar melhorando os meus conhecimentos de arte." João Henrique

"Ano que vem (...) eu quero continuar na aula de Artes Plásticas porque eu gostei (...). Vanessa - 7a. série

"Ano que vem eu quero continuar em Artes Plásticas, porque eu gosto de desenhar, pintar, fazer colagem e coutras coisas como ver exposições e vídeos de arte." Paloma - 6a. série


Carybé






Releitura das obras de Caribé - aluno Éric - 12 anos
nankim s/ papel

O trabalho acima foi construido a partir de duas obras de Caribé, criando com as figuras uma nova composição. As obras observadas pelo aluno eram originais pertencentes a uma colega minha, que gentilmente e de forma espontânea levou-as para que eu mostrasse aos alunos, nas minhas aulas.

Com estas atividades os alunos tem a possibilidade de alfbetizar-se visualmente, ou seja, ver obras de arte, experimentar processos artísticos, usar diferentes materiais, conhecer a História da Arte (obras, artistas, contexto histórico) e os elementos da linguagem visual.

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A seguir, frases de alguns alunos sobre o que descobriram com as aulas de artes plásticas.

"A arte da época antiga tinha regras de pintura, hoje a arte é mais livre, como a vida." Wanessa - 6a. série

"Sei que na arte aos poucos foi modificando o tipo de tinta, o modo de pintar, as formas (figurativas, geométricas e abstratas)." Wanessa - 6a. série

"Entendi que tem várias maneiras das pessoas se expressarem e uma delas é voltada para as artes, como por ex.: desenhos, pinturas, etc. (...) de período em período tudo foi mudando muito. Esses períodos têm características importantes." Renata - 8a. série

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Nota: Os trabalhos desta postagem não são recentes.




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