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Carnaval e Arte - O mundo


A Maior Folia do Mundo
O Carnaval é espontaneidade e liberdade
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Na Idade Moderna - o Carnaval se torna a maior folia do mundo. É uma festa folclórica que acontece em vários países, móvel, ou seja, sem data definida. Em muitos deles os foliões costumam usar fantasias de personagens que são diferentes deles. Esta inversão vem das festas profanas do deus Dionísio, na Grécia.
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"Um traço comum no carnaval de diferentes épocas e países é o de virar as regras do avesso. Durante as festas pagãs da Roma Antiga, que deram origem ao carnaval cristão, escravos e seus senhores invertiam os papéis por um dia, eram os servos que mandavam. Uma inversão parecida acontecia na Idade Média. As pessoas faziam missas e procissões cômicas __no lugar de padres, guiavam as cerimônias religiosas personagens bizarros como Rei Momo. A véspera da quaresma liberava os foliões para tirar um sarro dos próprios costumes religiosos e da Igreja, autoridade indiscutível daquela época." Leandro Narloch
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Homens vestidos de mulheres
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Na Suiça - o carnaval é a festa mais popular. Há palhaços tocando tambor e outros instrumentos de percursão.
Suiça
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Na Alemanha - o Carnaval é muito animado, principalmente em Mainz, Düsseldorf, Bon e Colônia. São comuns os desfiles de blocos fantasiados e máscaras. Algumas são simbólicas.
Alemanha
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Em Nova Orleans - há bailes de máscaras e carros alegóricos.
Nova Orleans
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Mardi Grass - Nova Orleans
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Em Bruxelas (Bélgica) - há bailes, desfiles, sociedades fantasiadas, baterias, alegorias e mascarados.
Bruxelas
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Em Nice (França) - há desfile de corso, batalha de flores, marionetes, teatro de rua, Rei Momo, carros alegóricos e fogos.
Corso Carnavalesco - Nice, 2006
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Também há fantasias e máscaras, difundindo a Comédia dell'Arte, própria do teatro italiano itinerante que apresentava sobre carroça, nas praças públicas, peças com as quais o povo se divertia como criança e onde os atores usavam máscaras para criarem os seus personagens.
Comédia dell'Arte - de Kaul Dujardin, 1657
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Era muito comum os atores representarem o Arlequim, a Colombina e o Pierrô. Estes personagens inspiraram também os artistas plásticos de várias épocas e lugares. O tema foi usado em vários estilos, inclusive por Pablo Picasso.
Arlequim Sentado - Pablo Picasso
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Paul Vestido de Arlequim - Pablo Picasso, 1924
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Arlequim - Pablo Picasso, 1915
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Alinhar ao centro
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Arlequim com Bastão - de Pablo Picasso
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Arlequim e Colombina - de Pablo Picasso
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Mardi Grass - de Paul Cezanne, 1888
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Um Arlequim na passarela
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O Carnaval do Arlequim - de Juan Miró, 1924
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Em Veneza - as máscaras tornaram-se, no século XVIII, o maior símbolo de sedução e eram usadas pela nobreza. As fantasias representam, geralmente, personagens típicos da Comédia dell'Arte. São muito criativas, bem feitas, conhecidas internacionalmente e já usadas na Pré-História, segundo historiadores.
Veneza
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Em Portugal - no século XVI, havia o ritual chamado de Entrudo, palavra latina que significa início, a abertura da Quaresma, quando o Carnaval cristão foi oficializado. Para compensar o jejum que teria que fazer durante a Quaresma os cristãos comiam bastante e de tudo, principalmente carne, durante a comemoração. A festa iniciava com a coração do rei que passava a gorverná-la. Era escolhido o mais belo soldado para representá-lo, depois passaram a escolher a pessoa mais gorda, revelando alegria, fartura e extravagância.
Rei Momo
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Depois é dado início aos combates, às brincadeiras e às danças nas ruas, de forma espontânea. Os mascarados aterrorizavam as pessoas e os homens vestiam-se de mulheres. Há também os desfiles de Zé Pereiras, Cabeçudos e trapalhões. A festa termina com o enterro do Entrudo, o Rei Momo. Mas o Entrudo foi ficando cada vez mais violento. Nos séculos XVII e XVIII, as pessoas faziam uma batalha com água suja, ovos, laranjas podres, jogavam restos de comida das janelas e balcões e atrocidades, não havia respeito nenhum.
Entrudo
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A apresentação do Entrudo ainda é uma tradição no país.
O Entrudo, mais recentemente, numa aldeia de Portugal
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Alegoria do Entrudo, num carnaval recente em Portugal
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Hoje, o Entrudo tornou-se um evento carnavalesco, é para ser assistido
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A máscara é um acessório que faz parte do Entrudo
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Fontes:
Portal Luiz Nassif - construindo conhecimento
pt.Wikipedia.orgwiki
Araújo, Hiram - Carnaval -Seis Milênios de História - E. Gryphus, 2003
Araújo, Hiram - Memória do Carnaval, Riotur, 1993
Borges, Paulo Alexandre - Da loucura da cruz à festa dos loucos: loucura, sabedoria e santidade no cristianismo (2001)
Carneiro, Eduardo de Araújo
Narloch, Leandro - Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil - E. Leya - edição ampliada
 
 
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