A Pré-História tem início com o surgimento do homem e vai até o aparecimento da escrita.
Ela se divide em Idade Paleolítica, Mesolítica, Neolítica e Idade dos Metais.
A arte da Pré-História atingiu o apogeu nas pinturas das cavernas, chamada de Arte Rupestre, porque é feita nas rochas e grutas do homem pré-histórico.
O que o homem deste período pinta, como pinta, onde pinta e porque pinta será tratado nesta postagem e nas próximas.
Há duas teorias que explicam a razão do homem pré-histórico pintar, que são as seguintes:
Teoria Estética Idealística Metafísica segundo a qual ele pinta porque há necessidades inerentes ao homem, por puro prazer estético, por finalidade decorativa, porque as cavernas eram moradia ou santuário e por arte pura - arte ideal.
Teoria Estética Objetiva Científica segundo a qual ele pinta por questão social e histórico
na técnica e na expressão, não é para contemplação, já que as cavernas são lugares de difícil acesso e escuro, próprio para sacerdócio e rituais, devido a uma visão monoteísta. O pintor não abstrai, a imagem é igual a da realidade e não há uma preocupação com a composição, apresentando figuras isoladas com novas sobre as antigas.
Em algumas tribos havia o xamã, talvez, segundo estudiosos, a origem dos sacerdotes, que pertencia a uma casta mais intelectualizada, por isso era o feiticeiro, o curandeiro, o mágico, o artista, com bastante poder para influenciar e dar força ao caçador a fim de alcançar a vitória. Ele pinta nas paredes e nos tetos das cavernas, que são subterrâneas e muito escuras, por isso devia usar um tipo de lâmpada de pedra e de banha de tutano. As pinturas foram encontradas na Europa, no Brasil e em outras regiões da América do Sul. As cavernas de Altamira (norte da Espanha), de Lascaux (França), Font de Gaume (França), Le Madeleine (França), Cambarelle (França) são alguns exemplos.
"O artista talvez seja o “primeiro profissional”, o primeiro representante da especialização e divisão do trabalho, Possuindo condições técnicas e sociais adiantadas, um carisma especial ficou isento do trabalho. É um sinal de prosperidade econômica da sociedade que se pôde dar ao luxo de possuir especialistas."
A função era utilitária, mágica, o que não significa ser religiosa, porque não havia rito algum, a visão era movista, ou seja, uma visão única de mundo, a do mundo real. A intenção era conseguir controlar os animais, deixá-los fracos para serem caçados com mais facilidade pelo caçador, já que eles serviam de alimento, ou seja, visava a sobrevivência da espécie. O feiticeiro artista pintava a morte do animal na parede, enquanto o caçador matava-o fora da caverna. E acontecia, também, cantos e danças para que a caça e a pesca fosse bastante.Não havia, então, uma preocupação estética, isto é, em fazer arte. Era mais um trabalho intuitivo do que intelectual.
“O desenho de um bisão , representado como ferido de morte por uma lança e nas vascas da agonia, era considerado mais eficaz para o êxito da caça ao bisão do que o instrumento normal da indústria das armas do tempo, ou seja, a lança.” Pietro Maria Bardi
O estilo era figurativo realista, aquele que é baseada nos sentidos, procurando a verossimilhança, isto é, a semelhança com o que viam no mundo real. A arte deste período é naturalista, porque é feita a partir da observação da natureza. Era de técnica simples, só com alguns traços, poucas cores, mas expressiva, com movimento, dando a sensação de volume e profundidade através das saliências, das reentrâncias das rochas e da superposição das formas, ou seja, uma figura sobre outra.